Como falar de um objeto do dia a dia pelo viés do afeto, das sensações, da memória? Como encontrar um ângulo inesperado para trazer esse objeto ao leitor, por meio da palavra e da imagem? Este foi o desafio que motivou o projeto “Inventário afetivo de objetos”, criado em conjunto pelos professores Leo Cunha e Lorena Tárcia, no curso de Jornalismo do UniBH.

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Cabia a cada aluno escolher um objeto e, em torno dele, escrever uma crônica e bolar uma fotografia 360 graus. Dessa forma, repensar e recriar o mundo a partir de um tema absolutamente corriqueiro. Afinal de contas, como lembrou Carlos Drummond de Andrade, o cronista pode eleger, como assunto, “um pé de chinelo, uma pétala de flor, duas conchinhas da praia, o salto de um gafanhoto, uma caricatura...”

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Ao longo do semestre, na disciplina “Jornalismo Opinativo”, a turma leu crônicas de autores como Fernando Sabino, Martha Medeiros, Marina Colasanti, Antonio Prata, entre outros, sempre com o foco em objetos: o guarda-chuva, o micro-ondas, a máquina de costura, o projetor de slides, a jarra de suco, o bodoque.

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Paralelamente, na disciplina “Webjornalismo”, os alunos foram desafiados a compreender a linguagem da fotografia que revela para além do ângulo convencional. A fotografia 360 possibilita a visão de todos os ângulos (vertical e horizontal) a partir de determinado ponto. Com a visão do todo, cria-se a percepção de estar no local fotografado. Um grande desafio, para quem está habituado a pensar o fotojornalismo convencional. O resultado é surpreendente.

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Seja bem-vindo ao nosso inventário. Uma coleção incompleta, mas irresistível!

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Profs. Leo Cunha e Lorena Tárcia