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NO DIA DE SÃO JUDAS TADEU / Gabriela Angélica

Desde criança, ouço minha mãe falar sobre o padroeiro das causas impossíveis, São Judas Tadeu. Venho de uma família muito religiosa, especialmente por parte dos meus avós maternos, que sempre estiveram muito ligados à Igreja Católica e suas atividades.  Sou batizada desde que nasci, fiz primeira comunhão, sou crismada, sendo assim, tenho caminhos aos quais seguir. Meu pai nunca foi tão religioso quanto a minha mãe. Minha família é devota de Nossa Senhora Aparecida, a Padroeira do Brasil.

Não tínhamos o hábito de ir à igreja de São Judas com muita frequência, costumávamos ir somente no dia de sua celebração, 28 de outubro. A devoção a São Judas é uma tradição religiosa e também faz parte de uma cultura popular brasileira. Várias igrejas organizam missas e eventos homenageando “o santo das causas impossíveis”.

Eu costumava ir à igreja com a minha mãe, meu irmão e meus avós maternos, rezar com uma fé pouco esclarecida, pois não tinha muito entendimento sobre tudo aquilo que estava acontecendo durante a celebração: passar a mão no pé da imagem do santo, se benzer, fazer procissão, por exemplo. Mas eu ia junto. Todo dia 28 de outubro, eu estava presente. Ficava admirada com o fluxo de pessoas entrando e saindo da igreja. Era fora do normal.

Então, quando é chegada a data da celebração de São Judas, sei de muitos detalhes, dentre os quais, a dificuldade de se sentar na igreja para assistir à missa, chamada de “missa solene”, celebrada às 18 horas e considerada celebração de grande importância.

Até hoje, não entendo muito bem porque todas as igrejas celebram as missas solenes nesse horário. Depois da celebração, é chegado o momento no qual milhares de pessoas ficam impressionadas por suas formas e brilhos, os fogos de artifícios, fazendo com que a festa do padroeiro São Judas fique ainda mais bonita.

Nos últimos anos, não tenho ido à igreja com muita frequência. Eu tinha o costume de ir aos domingos à noite na missa, com a minha avó, na Igreja Nossa Senhora Aparecida. De uns tempos pra cá, estou um pouco desligada, mas continuo tendo um coração com fé e gostando dos rituais católicos. E hoje eu vejo que realmente estou precisando voltar aos caminhos sobre os quais fui criada, parar um dia de semana e ver como está meu relacionamento com Deus. É tempo de mudança, tempo de parar, tempo de refletir.

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