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O CÓDIGO / Diego Souza

As primeiras surgiram no Egito, há quatro mil anos. E nem eram tão diferentes das que você ainda encontra em qualquer lugar. Tinham apoio para as mãos, um eixo e uma ponta dentada. Hoje em dia, se modernizaram, possuindo vários tamanhos, formas e cores.

São capazes de mudar sua rotina. Se vocês estiverem atrasados e esquecer em casa, já era! Vai passar raiva ao voltar. Algumas têm um lugar apropriado para serem deixadas, mas nem sempre isso acontece – na maioria das vezes, cada um cuida da sua. Quando um irresponsável não consegue guardar no lugar correto e não sabe onde está o tal objeto, com certeza vai incomodar alguém para resolver seu problema.

Vocês não fazem ideia da importância desse tal objeto. De cada dez pessoas, nove a possuem. Mesmo sendo mais usadas por jovens e adultos, crianças e adolescentes também as têm, mas só depois de ganhar a confiança dos pais. Vocês devem estar se perguntando: por que só depois de ter o aval? Crianças e adolescentes são gênios para perder esse objeto, e, em razão disso, os pais demoram um pouco para dar esse item para eles.

Outra característica desse simples objeto é o fato dele arrancar palavrões da boca das pessoas quando são esquecidos, ou estragam. No meu bairro, um vizinho teve que ir para o hospital após tentar pular o muro de sua casa, porque estava preso do lado de fora. Outro fato engraçado, foi o do professor de um curso de jornalismo que trancou sua esposa em casa e teve que interromper a aula no meio para ir resgatá-la. A pessoa sempre deixa na vizinha quando tem que sair e não tem em casa. Um adereço tão simples que causa um grande transtorno.

Atualmente, o caso de perda e esquecimento desse tal objeto com certeza aumentou bastante. As pessoas estão, cada vez mais, sem tempo com a correria do dia a dia e tendem a esquecer, ou perder, o famoso item com mais frequência. Mas, como tudo na vida tem um jeito, a perda e esquecimento do objeto tem solução. Porém, se a pessoa for sistemática, vai ter que desembolsar uma boa quantia.

Em virtude do que foi mencionado, cada pessoa tem que cuidar dele como se fosse dinheiro. Muitos não dão importância no cuidado, mas depois que perdem, ou esquecem onde guardam, vem o desespero. É muito simples: saiu de casa confere tudo direitinho e guarda em um lugar seguro. Na volta, vai estar no lugar certo. Afinal, mesmo com a correria do dia a dia é possível tomar o cuidado para evitar transtornos futuros.

E aí, já descobriu o que é? Talvez, com a leitura dessa crônica, esse objeto, literalmente, tenha aberto a sua mente.

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